Happy Hour GNT


  • Diana Bouth

  • Carioca, Diana Bouth nasceu em 1980 e logo foi morar em São Paulo. Aos 12 anos de idade começou a trabalhar como modelo e, aos 14 anos (em 1994), foi para o Japão, onde passou 3 meses fazendo desfiles, campanhas e editorais de moda. Quando retornou ao Brasil, começou a produzir eventos de Hip Hop em São Paulo. Em julho de 1997, voltou a morar no Rio de janeiro. E, em 1999, foi eleita a “Musa do Verão” pelo Jornal do Brasil. No mesmo ano, ingressou no canal Sportv como apresentadora do “Zona de Impacto” – programa que comandou por 10 anos. Entre 2000 e 2002, apresentou e dirigiu mais de 100 episódios do programa “Rap”, no SportV. Já na TV Globo, Diana Bouth foi uma das apresentadoras do “X Games Brasil” (primeira edição). Em 2004, no canal Multishow, ela apresentou o “Tribos”. Em paralelo, continuava com os trabalhos de modelo e produção de eventos de Hip Hop, como o Manifesta. Em 2009, Diana Bouth integrou a equipe do GNT, assumindo as reportagens do “Happy Hour”.








Revista Trip 1999

AS MINA PÁ
quando era pequena estudava piano, adorava os minuetos de Bach, mas agora só curto hip hop - com 12 anos já ia no SubClub do Columbia dançar, não tem coisa igual ao suingue do rap, também adoro ouvir e ficar tentando descobrir o que foi sampleado de onde, mas estou ficando mais eclética, tenho escutado até MPB - fico chocada como os rappers daqui ainda não descobriram essas coisas pra samplear! -, no Rio adoro os bailes na Mangueira, Rocinha, vou pra sinuca na Lapa, em Marechal Hermes tem um baile de charm maravilhoso; no fim do ano quero estudar cinema, pra dirigir um programa envolvendo comunidades carentes, esportes e hip hop

SKATE DE BUTIQUE
tô malhando só há um mês, mas sempre curti esporte, jogava futebol, costumava ir com meu pai na praia - o Marquinhos Japonês é surfistão das antigas; já fiz nado sincronizado e sempre fui neurótica por andar de skate, mas só ando na orla na horizontal, vou e volto, tenho várias cicatrizes, mas sou quase uma skatista de butique

OS MANO POW
eu e o Falcão [vocal d'O Rappa] namoramos quase dois anos, é foda namorar com popstar, mas sei como é, sempre vivi nesse meio, como "filha" de cantor, amiga, namorada, prima, produtora - traição? já traí, já fui traída; quer saber? quer fazer, faz direito, bem longe, respeita meu coração, não sou otária, nasci no Dia das Bruxas, sou de Escorpião - tenho uma tatuagem perto da nuca -, já viu, né...

HOMEM COM H
é muito raro eu ficar com alguém na balada: na primeira vez, só fico com quem conheço bem, a aparência é a última coisa que me pega, já namorei os tipos mais loucos de homem - gosto de homem com cara de homem!; pra ficar comigo é só me deixar livre, deixa eu ir pra minha balada que você entra no meu bonde

Revista Trip


Diana Bouth, apresentadora do programa Zona de impacto do SporTV, registra uma semana de seu cotidiano na orla carioca. Entre cuidados com o filho, reuniões profissionais e passeios na praia, a morena de 27 anos expõe sua rotina nesta seção da Salada em que você tudo vê e nada lê.

Fonte: http://revistatrip.uol.com.br/revista/176/salada/diana-bouth.html#0

Reportagem Isto é Gente

Diana Bouth
A apresentadora do SporTV pratica surfe e
skate, prepara-se para estrear como atriz,
é dona de uma empresa que organiza
eventos de hip hop e engata namoro com
neto da ex-governadora Benedita da Silva

Texto: Carla Felícia
Fotos: Leandro Pimentel

Em homenagem à mãe, a atriz Ângela Figueiredo, ela
tatuou uma lua no ventre. “Ela é aminha lua”, diz

“Já o filmava há um certo
tempo, achava ele um filé”,
diz ela, sobre o namorado

“Para me namorar, o cara tem que ser sujeito homem mesmo, com H maiúsculo’’ Diana Bouth

O rosto angelical, de pele clara e traços delicados, esconde uma menina com alma moleque, que cresceu fascinada pela adrenalina dos esportes radicais. Filha do surfista Marcos Bouth, conhecido como Marquinhos Japonês, Diana Bouth, 23 anos, aprendeu cedo a subir numa prancha e logo ensaiava manobras em cima do skate – sem receio de tomar um caldo ou um tombo. Sem medo de se arriscar, a apresentadora do SporTV se prepara para encarar um novo desafio. Apaixonada por cinema, passou por cima das dúvidas sobre sua capaci-
dade de interpretar e aceitou o convite de Arthur Fontes para estrear como atriz no filme Pode Crer, que será rodado em 2005. “Tenho personalidade muito forte para deixá-la de lado e assumir a de um personagem. Não consigo enganar ninguém”, diz ela, rindo. “Estou segura porque sei que, se fizer besteira, eles me tiram e colocam outra no lugar.”

Diana nunca fez curso de interpretação, mas conta com uma ajuda na família: os conselhos da mãe, a atriz Ângela Figueiredo. As duas são tão amigas que, às vezes, as conversas nem parecem de mãe e filha. “Ela foi a primeira pessoa para quem contei quando transei pela primeira vez”, lembra. Ângela conta que teve Diana com apenas 19 anos e por isso a criou lembrando de sua própria juventude: “Isso gerou uma intimidade grande entre nós. Não podia mentir para ela sobre nenhum assunto, fosse sexo ou drogas”.

Em homenagem à mãe, a apresentadora tatuou uma lua no ventre. “Ela é a minha lua.” Na ausência de Ângela, é com o padrasto, o músico Branco Mello, dos Titãs, que Diana se abre – Ângela e o pai de Diana se separaram quando ela estava com sete anos. Para a mãe, é como se a filha tivesse dois pais. “A amizade que existe entre mim, o Branco e o pai dela deu a Diana muito conforto”, diz Ângela. Há dois meses, deprimida com o término de um namoro de dois anos e meio, foi com o Titã que Diana afogou as mágoas. “O Branco não me deixou ficar em casa chorando. Me levou para almoçar, beber vinho e conversar. Ele é meu melhor amigo.”

A fossa não durou muito. Há um mês, Diana namora o MC de rap Benílton Silva, neto da senadora Benedita de Silva. “Já o filmava há um tempo, achava ele um filé”, conta. “Tomei coragem e fui desenrolar um papo. Sou de namorar, não gosto de estar na guerra, nesse ambiente de pegação.” Dona de uma empresa que organiza eventos de hip hop, Diana fala que Benílton não terá uma tarefa fácil pela frente. “Trabalho ou no esporte ou na noite, sempre rodeada de homens”, explica. “Para me namorar, o cara tem que ser sujeito homem mesmo, com H maiúsculo.”

Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/259/reportagens/diana_bouth.htm


Entrevista 30/07/2004

Diana Bouth
A Mulher da RapSoulFunk! acreditando na qualidade do hip-hop carioca...
Ao contrário do que muitos imaginam ao seu respeito aqui no Rio, apesar da sua pouca idade, ela apresenta um vasto e respeitável currículo junto ao hip-hop. Sua história começa em 1992, em São Paulo, quando tinha apenas 12 anos. Freqüentadora assídua de bailes tradicionais como o Projeto Radial (zona leste), Soweto (Pinheiros) e Sub Club, esta pré-adolescente já trazia na veia sua identificação com o mundo black. Neste mesmo período, ela passa a dividir sua atenção entre o seu padrasto, Branco Mello, que fundara na época junto a sua banda, Titãs, o selo Banguela – que no futuro próximo daria suporte à artistas como Mundo Livre S/A, Raimundos e o grupo de rap Sistema Negro – e o meio irmão dele, Primo Preto, que, similar a história de Russell Simmons (um dos donos da gravadora americana de rap Def Jam), acreditava no sucesso dos talentos do hip-hop paulistano, dedicando seu tempo ao crescimento destes artistas. Em 1995, após passar uma temporada como vj do programa Yo! MTV Rap`s, Primo Preto se desliga da emissora e passa a investir em eventos e bailes de hip-hop, agenciando também alguns artistas do movimento, montando a loud de entretenimentos RapSoulFunk! em sociedade com Mr. Catra. Aproveitando a oportunidade, esta já adolescente, ao lado da rapper Lady Rap, se torna ´door` das festas undergrounds da Nation (atual Class) , no centro de São Paulo, onde começa a desenvolver seu relacionamento com a geração hip-hop. No ano de 1996, ela recebe sua segunda oportunidade, e, juntamente com Lady Rap e Primo Preto organizam a primeira edição do Melhores do Rap, premiação que daria maior visibilidade e moral aos nomes do rap paulistano. Sendo assim, habituada com os ares da Cidade Maravilhosa, onde sempre passava suas férias, esta quase adulta, sem maiores pretensões profissionais, muda-se com a intenção de apenas residir, porém, seu histórico junto a RapSoulFunk! fala mais alto, e em 1997 ela recebe o convite do rapper Marcelo D2 para organizar a primeira edição da festa Hip-hop Rio na Bunker, quando percebe que poderia dar mais suporte ao movimento carioca criando um intercâmbio entre Rio e São Paulo. Desta forma, em 2003, a RapSoulFunk! resolve montar sua base carioca, colocando-a, ao lado de Catra, a frente dos negócios. O sucesso de trabalho desta mulher é tão apreciado, a ponto dos novos empreendedores do hip-hop, como é o caso da festa Players, convidarem-na para organizar as edições 1 (DJ Big Tex), 2 (MV Bill e Xis) e 3 (Snoop Dogg e Ja Rule no Skol Hip-hop) , trazendo resultados acima do esperado... Delongar ainda mais o histórico desta mulher, seria talvez não dar a você, caro internauta, a oportunidade de conhecer dela mesma suas atitudes, pretensões e preocupações junto a esta cultura. Uma mulher talvez atípica aos questionáveis padrões do hip-hop nacional, contudo, com o ímpeto empreendedor existente em poucos ou quase nenhum dos membros deste movimento...
Portanto, antes que se teçam comentários infundados à respeito dela em suas páginas eletrônicas pessoais, examine pelo menos seu histórico, afim de que tais críticas não caiam na tão previsível contradição, e, se assim ocorrer, então não se esqueça de localizar o nome de ´Diana Bouth` no rol das poucas mulheres que trabalham sério pelo ´hip-hop` no Rio...

Rio Festa- Como está caracterizado o quadro da RapSoulFunk e como ela se apresenta diante do mercado ?
Diana Bouth- A RapSoulFunk é uma empresa do Primo Preto juntamente com o Catra, e quem segura a empresa em São Paulo é o Dom Cabe – que também tem uma empresa que se chama Gurilla Groove – e eu aqui no Rio. Dentro da empresa tem a vertente do funk, que quem cuida é o Binho, e a RapSoulFunk é isso. E, em se tratando de mercado, ela é uma facilitadora, ou seja, uma articuladora. Na verdade, a nossa função é profissionalizar. Com todos os contatos que a gente tem devido a estes 10 anos de movimento, a gente pode facilitar dessas coisas acontecerem, e, com o nosso know-how levar esse profissionalismo aos artistas. O nosso interesse é que os artistas do hip-hop possam contar com a RapSoulFunk! pra poder fazer acontecer os seus projetos pessoais, lançar o seu cd, ter um contato com uma gravadora, colocar o som pra tocar nas pistas... Os nossos contatos facilitam esse tramite pra que o verdadeiro hip-hop chegue ao grande público, já que o hip-hop tem um carro principal que é a música. Mas, não vamos mostrar só ela, mas toda a cultura que vem atrás.

Rio Festa- Existe uma gama de críticos` do hip-hop alegando que a RapSoulFunk não dá atenção ao subúrbio, por esta ser desprovida de grande poder aquisitivo. Você concorda com tais alegações?
Diana Bouth- Se a gente ainda não chegou no subúrbio, é pela falta de relacionamento, porque em São Paulo a gente tá lá, e taí o baile da Class por exemplo, então, se aqui no Rio as pessoas que atuam nas comunidades têm o interesse de fazer o evento e mostrar o som, tem que contar com a RapSoulFunk! A gente não tem o preconceito de trabalhar em nenhum lugar, pra nenhum tipo de público. Realmente, a realidade da empresa nesse momento, é sim, as pessoas que tem dinheiro e querem fazer eventos de hip-hop. Se nós não nos envolvermos, eles vão fazer de qualquer maneira, então, o quê a gente tenta fazer? Tá agregando quem vive na batalha há mil anos nisso! Senão, a gente não ia precisar tá fazendo também: era só abrir mão! Então, a gente tem interesse em fazer, estamos de portas abertas, só que na real, a nossa facilidade é fazer o caminho inverso, ou seja, trazer quem tá lá no subúrbio pra cá! Tirar da comunidade e colocar no mainstrean! Abrir os olhos e os ouvidos de todos pro que tá acontecendo lá dentro! Porque não são todos os mauricios e patrícias que são como eu! Não nego as minhas origens, mas, graças à Deus, eu não tapei meus ouvidos e fechei os meus olhos!

Rio Festa- Como está a agenda da RapSoulFunk! para este ano?
Diana Bouth- O que já está certo é o 50 Cent em setembro, que é uma coisa mais NÓS mesmo, sem todos aqueles caras envolvidos (referindo-se aos shows do Snoop Dogg e Ja Rule) na organização. Facilitou! Realmente, pra fazer uma primeira vez, a gente teve que passar por essa sociedade pra fazer acontecer, e agora as coisa foram facilitadas. Então, o 50 Cent vai ser no Rio e em São Paulo, isso é uma grande vitória pra gente tá trabalhando em São Paulo com um evento grande, e na seqüência tem mais três outros artistas pro final do ano, que eu não posso falar ainda, mas eu posso falar pra galera se preparar, porque vem chumbo grosso pela frente, risos... A gente faz 10 anos no ano que vem, o nosso objetivo principal, que também é a maior carência que a gente sente aqui no Rio, é uma casa de cultura exatamente como acontece em Diadema (SP). Porque é aquele mesmo ponto que eu já toquei antes em relação ao profissionalismo: o moleque, se ele quer ser dj, ele tem que ter acesso aos discos, ao equipamento pra poder treinar a hora que ele quiser. O cara que quer ser mc, ele tem que ter livros, conhecer os poetas e os filósofos e entender que é muito mais que apenas saber rimar; da mesma forma os b. boys e os grafiteiros. Então esse é o nosso projeto, de até 2005 abrir a primeira Casa de Hip-hop do Rio de Janeiro e fazer dela o point do movimento aqui, onde todos os artistas que passarem por lá, estarão interagindo com palestras, debates, work shops, shows etc... e, acima de tudo, sem preconceito!

Rio Festa- Você é uma empreendedora deste tão complicado movimento. Deixe um conselho para a mulher que deseja adentrar-se nele.
Diana Bouth- Pra todas as minas que tão no desenrole desse movimento: tem que ter humildade, não se preocupar com o que os outros falam, porque vão falar mesmo, ainda mais sendo mulher e só por se mulher, você tá dando uma brecha pros outros falarem. Então, a sua defesa tem que ser o ataque! Não fica de bobeira, faz o seu trabalho, tenta ser a mais profissional possível e deixa os outros falarem, porque vão falar de qualquer jeito! Tenha consciência! Vá em busca do certo! A gente erra mesmo, mas no final vai dar tudo certo!